Rio de Janeiro, Brasil

Mão na Jaca

Educação socioambiental, gastronomia, alimento e renda.
Foto: Mão na Jaca

Por questões ligadas à História da Colonização Brasileira e sua economia agrícola escravocrata, foram plantadas a partir do século XVII, muitas jaqueiras na costa brasileira e principalmente no Rio de Janeiro. Aqui se adaptaram muito bem e são muito produtivas. Cada árvore chega a produzir mais de meia tonelada por safra, e tem sozinha potencial para produzir 2.500 refeições salgadas.

Anualmente toneladas de jaca apodrecem no chão do Rio de Janeiro. A quantidade exata ainda é desconhecida, mas não há dúvida de que o desperdício é a tônica da relação da cidade com esta fruta. Mesmo entre aqueles que apreciam comê-la, o fato de seu uso para elaboração de pratos salgados ser pouco conhecido por aqui, diminui nossa capacidade de aproveitá-las integralmente.

O projeto Mão na Jaca dissemina a cultura de uso da jaca verde em pratos salgados, para populações que se encontram em vulnerabilidade social e próximas a jaqueiras públicas e privadas. Lutar contra a pobreza, combater a fome e o desperdício, estimular a alimentação agroecológica e saudável, a educação inclusiva, o empoderamento feminino, o crescimento econômico, a redução de desigualdades. Estimular a construção de cidades e consumos mais sustentáveis. Trabalhar para a sustentabilidade das florestas, promovendo a aproximação dos cidadãos de suas árvores e florestas urbanas.

Em um bioma local onde as árvores de jaca são uma espécie importada, a árvore é frequentemente vista como uma praga invasora. Isso torna ainda mais importantes novas propostas para o manejo das árvores de jaca em áreas de conservação, por meio do consumo de seus frutos verdes pela população local e da utilização de jaca verde nas refeições escolares.

Estes são alguns dos objetivos do projeto Mão na Jaca, que atendem aos vários Objetivos de Desenvolvimento Sustentável acordados pela ONU para nos aproximar da possibilidade de sobrevivência humana neste planeta até 2030.

Marisa Furtado de Oliveira & Pedro Lobão
Fundadores
Parceiro: Mão na Jaca

Marisa Furtado de Oliveira
Documentarista, pesquisadora, produtora cultural, artista plástica e ativista ambiental.

Pedro Lobão
Urbanista, arquiteto, mestre em arquitetura paisagística. Trabalhou no Médico Sem Fronteiras no Moçambique e Bósnia por 3 anos, e no Favela Bairro - Rio por 7 anos. É professor no curso de arquitetura da PUC-Rio desde 2009.

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